quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Veneno que comemos


 Um truque da natureza bastante comum é usar um elemento que é tóxico é usado em outro local como as paredes das células produzindo conchas. Uma espécie de reciclagem utilização das substâncias.

 Sendo assim qualquer excesso de cálcio por exemplo não se torna tóxico em nosso organismo. Se torna inerte e vira uma concha se fossemos um caracol ou como fosfato de cálcio nos ossos nos humanos.

 Lembrando que são elementos encontrados na natureza e que as células tiveram milhões de anos para se adaptar.

 Se adaptar quer dizer como encaixar cada nova substância dentro do corpo sem que nos prejudicasse quimicamente.

 Ai imagine a quantidade de produtos químicos lançados anualmente que consumimos.

 Bom ai me pergunto.

 Será que os nossos corpos são tão sábios e aprendem tão rapidamente a ponto de organizar essas novas substâncias em nossos corpos. Bom o tempo dirá. Ou já está nos dizendo que estas novas substancias talvez sejam as responsáveis pelas atuais doenças industriais???

 *Obs: O Brasil produz 70% de seu alimento com agrotóxicos

 Heidy Mori

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Acesso a geladeira


 Essa semana estava lendo que um cidadão no Camboja consome uma média de 160 Kw de energia por ano.  Ai fiquei pensando quando é isso?? Ai logo mais tarde eu entrei em uma loja de eletrodomésticos pra perguntar quanto gasta uma geladeira por ano hahahahaha. Acho que só eu pra entrar em uma loja e questionar isso a um vendedor.... Acho que o resto do mundo perguntaria pro Google hehehe...

 Mas enfim ai o vendedor me disse que era entre 360 e 600 Kw por ano. Ai logo pensei. Putz o cara do Camboja nem tem uma geladeira. Ai ligo a internet e e vejo que aquele amigo meu formado em sociais posta de uma fonte confiável. Que cerca de 95% da eletricidade dos EUA vem do carvão, gás, hidro elétrica  ou nuclear. Ai logo mais vi alguém dizendo que temos que evitar o consumo para não ter aumento na produção de CO².

 Até ai nenhuma novidade.

 Mas calma aerrr!! Se não tem consumo? Como o cara lá no Camboja não pode ter uma geladeira???

 Na minha opinião a maioria das pessoas não vai seguir um rumo de consumo de baixa energia. Independente se as pessoas trabalham para e com o meio ambiente ou não.

 Se bilhões de humanos não tiverem chance a uma forma de desenvolvimento genuíno o meio ambiente não será salvo. Meio ambiente saudável, economia saudável, sociedade saudável.  E meio ambiente sou eu você e o cara do Camboja.

 E ai que está. Se cada vez consumimos mais produtos econômicos como lâmpadas LED por exemplo que teoricamente sobra mais energia para o mundo. Cada vez vai aumentando o "acesso" a tais tecnologias.

 Mas ai lembrei da tal comissão Brutland ONU onde foi proposto um tal de "desenvolvimento sustentável" Ai o termo é usado até hoje... Mas depois de 27 anos os caras não tem uma solução para o problema energético.

 Bom fiquei contente eu entrei na internet hoje e vi que um lugar chamado Phnom Penh  acho que era isso hehehe. Se o nome estiver errado corrijam aer.. Mas vi que o lugar tava ganhando uns postes e que era no Camboja..

 Ai pensei tomará que seja lá pra família do cara da notícia que li no outro dia hehehe.. Ai pensei tomará né. Nada como tomar uma bebida gelada no calor. Guardar comida e não estragar não é mesmo.

Tomará que ele tenha "acesso".


 Heidy Mori




domingo, 13 de setembro de 2015

Diversidade


 A homogenização do mundo tanto no que comemos como no que vestimos.

 Como nossos hábitos estão relacionados com biodiversidade do planeta.

 Entrevista com Vandana Shiva.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sementeira de pneu

 Fiz essa sementeira utilizando um pneu velho e um móvel de MDF condenado. Ambos encontrados em uma calçada.

 Seguem os passos:

 1-  Material necessário:

 1 pneu usado, serragem úmida ou no caso um móvel que estava "esfarelando" e é claro sementes. Nesse caso fiz uma com substrato especifico para palmeiras.Basta cortar a borda do pneu com uma faca bem afiada.


 2- Utilize um pedaço de tábua se possível com o diâmetro do pneu no fundo. Se não encontrar use tela do tipo mosquiteiro para a retenção do substrato em seu interior. Esfarele o "móvel podre" ou utilize serragem facilmente disponibilizada em qualquer marcenaria. Deixe de molho em um balde por 24 a 48 horas. Forme uma camada de uns 10 a 15 cm no fundo do pneu.

     O substrato que eu utilizei foi 1/3 de terra comum de jardim, 1/3 de areia de construção e 1/3 de fibra de coco e um pouco de cinza de madeira peneirada também facilmente encontrada em pizzarias. Cobrindo essa camada para a proteção das sementes. Pois a germinação de palmeiras demora.


3-  Utilizei sementes de tamareiras, Phoenix sylvestris e Phoenix canariensis que coletei. Obtive sucesso também com o palmito juçara  Euterpe edulis e Jerivá Syguarus romanzoffiana.  As sementes de tamareiras são envoltas por uma polpa que pode ser facilmente retirada esfoliando elas contra uma peneira não é obrigatório. Porém com essa escarificação obtive índice de germinação de 90% das sementes. 


4 - Em seguida basta cobrir com um pouco de serragem ou do "móvel esfarelado" as sementes. Irrigando na primeira semana dia sim dia não para ficar bem úmida a serragem da mistura. Após esse período uma vez por semana basta. Bom claro que depende do clima da região. Mas ficando úmida terá sucesso. Nesse caso mesmo sendo uma espécie de pleno sol  na fase de crescimento deixar na meia sombra tem um desenvolvimento melhor. 


5 -  Após 3 meses nasceram as palmeirinhas.Algumas espécies demoram muito tempo mais então não ache que morreram suas sementes.

6- Quando finalmente nascerem basta retirar com cuidado e levar para um vasinho individual. 



   


7 - Recomendo que a cada nova utilização da sementeira se utilize uma espécie diferente para melhor aproveitamento dos nutrientes. E revolvendo o substrato novamente para arejar e adicionar novos adubos. Folhas secas cascas de ovos cinzas etc. Pois a madeira irá se decompor e o nível do substrato vai baixando com o tempo. Outra utilização é deixar no pleno Sol e usar como uma mini horta. A durabilidade do pneu é indeterminada e podemos utilizar por vários e vários anos. 

 Fotos e texto. 
Heidy Mori 






domingo, 1 de setembro de 2013

Cadê a calçada???

Reparem na foto abaixo. Se parece um belo lugar tropical não? Porém esta árvore está não em uma floresta e sim no meio da cidade. Aliás no meio de uma calçada. Seria bom não é mesmo se todas as calçadas das grandes cidades pudessem abrigar árvores deste porte. Mas a realidade é outra. Temos calçadas no geral pequenas. Boa parte senão a quase totalidade das cidades brasileiras não possuem fiação subterrânea. O que limita o plantio de árvores e seu porte.


 As pessoas bem intencionadas querem "esverdear" sua calçada seu bairro e acabam plantando alguma semente, alguma muda que cresceu e já não há mais espaço na sua casa, quintal, varanda ou até mesmo sala do seu apartamento. Enfim acabam por plantar na frente de suas casas, praças próximas ou quintais espécies que futuramente podem prejudicar calçamentos, muros, pisos e até mesmo alicerces ou fundações de casas e prédios.

Ou seja pessoas muitas vezes com boas intenções acabam prejudicando até mesmo sua residência. Há vezes em que a própria praça onde foi efetuado o plantio da muda acaba por destruir literalmente a praça.



                           
                                  Canteiro da  praça destruído pelas raízes.

falsa - seringueira (Ficus elastica) ainda jovem.

Um dos exemplos mais conhecidos talvez seja o da falsa-seringueira (Ficus elastica) que aparece nas fotos acima. Que foi moda nos anos 30 e 40 e hoje causa vários problemas. Com seu grande porte e suas raízes agressivas vem sendo retirado de diversos locais. 

Muitas vezes a responsabilidade é do próprio poder público. Ou não raro o próprio gosto pessoal de determinados governantes pode ocasionar a escolha de uma espécie ou outra.Sem levar em consideração outros fatores.  Causando desequilíbrio  no controle de pragas o que acarreta em doenças e quedas de árvores que só nos recordamos nos verões chuvosos. 

Na mesma calçada  uma paineira (Ceiba speciosa) uma jaqueira (Artocarpus heterophyllus) e Eucalyptus sp ao fundo na outra calçada um exemplar de falsa seringueira (Ficus elastica). 
O que fazer? Afinal uma cidade com mais árvores é bem mais agradável.
Determinadas cidades possuem o serviço disque árvore ou similar. Em que plantam ou entregam na sua residência ou tem que retirar variando de cidade para cidade. Existem determinadas variedades de mudas adequadas a sua calçada. E que sendo adequadas não virão a se tornar gigantes espremidos entre a rua e a calçada não ameaçando sua casa ou fiação por exemplo. 

 Se você já plantou aquele abacateiro ou jaqueira na sua calçada??? Bom ai você deve consultar algum órgão responsável na sua cidade ou algum técnico antes de sua remoção. Pois mesmo que esteja querendo colocar a espécie correta no local e remover a prejudicial e mesmo que esteja no seu quintal pode ser enquadrado como crime ambiental se não houver a devida autorização. 


Fotos e texto. 
Heidy Mori 





sexta-feira, 14 de junho de 2013

Greve


Me lembro do meu primeiro semestre da faculdade quando tive uma palestra com o professor Aziz Nacib Ab'Saber. Nesta palestra ele dizia o conceito de bacia urbana. Que nada mais é que uma cidade interligada com outra formando uma cidade cada vez maior. 

 Por acaso vivo em uma bacia urbana e além disso está é a maior do mundo. Interconectadas estão desde Santos a São Paulo e o  eixo Campinas São Paulo e Sorocaba São Paulo que totalizam aproximadamente 125 cidades conectadas. 

Com uma população de mais de 20 milhões de habitantes. Sendo que no estado de São Paulo já ultrapassa 40 milhões de habitantes. 

Habitualmente utilizo o transporte público já inchado e ultrapassado desta bacia urbana. 

Ontem dia 13 de Junho houve a greve pelo congelamento de tarifa. Jornais noticiaram hoje dia 14 de Junho que "apenas 1 milhão de pessoas foi afetada". Comecei a rir do jornal afinal só "1 milhão" não é em um universo de 20 milhões não é quase nada. 

Hoje em um trecho que levo normalmente 15 minutos ou 10 minutos levei 2 horas e meia fato normal após um dia de greve, pois as pessoas tem medo de não conseguirem chegar ao emprego e acabam tirando seus carros e motos da garagem que habitualmente seriam usados somente nos fins de semana. 

Se compararmos a bacia urbana com um ser vivo suas ruas e avenidas como veias e artérias. Diria que apresenta o quadro clinico de pré-infarto. 

Já citei que São Paulo é um caso único no mundo com mais de 120 cidades interconectadas. Soluções sempre irão propor, mais trens, mais metrôs, mais ciclovias, mais estradas, andar etc. Mas quando no ano 2075??? 

Porém sabemos que quem utiliza bicicleta é para curtas distâncias, metrôs e trens estão com número insuficiente, não há corredores para motos suficientes nem corredores para ônibus em número suficiente, andar quando o calçamento é adequado e a distância é curta. 

Além do que o motivo da greve a tarifa. Ter que pagar para ficar em pé, apertado etc. Não é compatível com o valor. Poderia ser até o dobro o preço dos trens e ônibus porém desde que houvesse conforto e qualidade na mobilidade.  A leitor, se você anda com veículo próprio acha que não há prejuízo?? tempo perdido, combustível perdido, paciência perdida e não concorda com greves??? Acha que devem ser feitas em praias ou parques????
Por favor !!!  Como escutei hoje. Ah podia fazer a greve em um parque. 

A qualidade da mobilidade é qualidade de vida meio ambiente mais saudável e mente mais saudável. 


Heidy Mori 



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Espécies exóticas ou nativas?


Muitos são os aspectos que influenciam o desenho dos espaços exteriores. Cada lugar tem uma característica particular a que chamados (genius loci) ou (espírito do lugar) gerando limitações ou potencialidades. Cada lugar tem uma paisagem circundante própria, uma luminosidade, um tipo de clima.

Clientes por sua vez têm pedidos distintos e necessidades específicas. Portanto a obra deve servir a determinado fim, estar bem construída, ser de fácil manutenção e sustentável e sobretudo, agradar aos seus frequentadores pelo olfato, tato, paladar, audição e visão. Claro que sempre dentro do possível.

Quando são escolhidas espécies para compor os jardins algumas pessoas ao optarem por espécies nativas muitas vezes esquecem que estas têm necessidades, não basta colocá-las no local e deixá-las por sua rusticidade ou o oposto ser excessivo nos cuidados, pois ambas as atitudes podem matar a planta.

O que ocorre então? Afinal elas não são nativas?

Na verdade o desenvolvimento do ambiente urbano provoca tamanhas alterações que este se torna exótico para espécies nativas (originárias) do local e estas já não se adaptam mais. Como exemplos dessas alterações podemos citar a sombra provocada pelas edificações, as mudanças no micro-clima e até o solo - nas cidades, conforme seu tamanho e idade, sempre há entulho no solo, por vezes não passam de pequenos fragmentos; em alguns pontos da cidade de São Paulo, por exemplo, pode ser encontrada uma camada de até 1 metro de entulho; em cidades antigas, como Roma, são encontrados trechos com até 15 metros de “vestígios de civilização” até se chegar ao solo original.

Não estou defendendo o uso de apenas nativas ou apenas exóticas, mas, sim, o uso das espécies mais adaptadas ao local, desta maneira tornando o jardim mais sustentável não só pela economia de água e energia como, também, pelo fato das espécies terem maior durabilidade. Afinal nossos jardins - tropicais, subtropicais, áridos ou litorâneos - não devem seguir apenas uma referência em um país com as dimensões e variedades climáticas como o nosso pode parecer meio lógico isto, porém muitas vezes é seguido o padrão de São Paulo e Rio de Janeiro para o restante do país.


Cabe a nós paisagistas o uso inteligente de recursos conciliando soluções tradicionais e inovadoras conciliando o novo e o antigo, o nacional e o internacional.

     


Exemplos das camadas de “vestígios de civilização”

















Parque Vila Lobos São Paulo. Local onde foi depósito de resíduos da construção civil por décadas.




Vista do parque do lado externo. 


Texto e fotos  Heidy Mori